Nos últimos anos, a indústria de embalagens tem passado por uma transformação significativa, impulsionada pela busca por soluções mais sustentáveis e eficientes. As embalagens flexíveis emergiram como uma tendência dominante, oferecendo vantagens como menor uso de material, redução de custos logísticos e maior conveniência para os consumidores. No entanto, uma nova decisão política nos Estados Unidos pode impactar esse cenário globalmente.

Recentemente, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva permitindo o retorno dos canudos plásticos em estabelecimentos americanos, revertendo políticas anteriores que incentivavam alternativas sustentáveis. Essa decisão reacende o debate sobre a responsabilidade ambiental das empresas e pode influenciar as regulamentações e o comportamento do consumidor em relação a outros materiais plásticos, incluindo embalagens flexíveis.

O CRESCIMENTO DAS EMBALAGENS FLEXÍVEIS

As embalagens flexíveis têm se destacado no mercado por sua capacidade de oferecer proteção eficiente aos produtos com menor impacto ambiental em comparação com opções rígidas. Elas são amplamente utilizadas em alimentos, bebidas, produtos de higiene e até mesmo no setor farmacêutico. Além disso, possuem um menor peso e volume, reduzindo a pegada de carbono durante o transporte e a distribuição.

Muitas empresas vêm investindo em tecnologias para tornar essas embalagens mais recicláveis e biodegradáveis, atendendo às exigências de consumidores cada vez mais conscientes. Inovações como os filmes compostáveis e monomateriais recicláveis estão ganhando espaço e moldando o futuro do setor.

O QUE MUDA COM A DECISÃO DE TRUMP?

O retorno dos canudos plásticos nos EUA pode gerar um efeito cascata na aceitação de plásticos descartáveis, enfraquecendo iniciativas globais de redução de resíduos. No entanto, a decisão executiva também apresenta um ponto de vista positivo, conforme argumentado pelo governo Trump:

Fim do uso forçado de canudos de papel: A ordem executiva instrui o governo federal a interromper a aquisição e o uso de canudos de papel dentro dos edifícios federais e desenvolver uma Estratégia Nacional para acabar com o uso forçado desses canudos em 45 dias.

Senso comum na regulamentação: A administração Trump argumenta que as proibições de canudos plásticos foram impulsionadas mais pelo simbolismo do que por ciência, ressaltando que estudos indicam a presença de substâncias químicas nocivas, como PFAS, em canudos de papel.

Custo e eficiência: Canudos de papel são mais caros, muitas vezes obrigam o uso de múltiplos canudos por serem menos resistentes e não necessariamente possuem menor pegada de carbono em comparação aos canudos plásticos.

Impacto ambiental questionável: Além de serem frequentemente embalados em plástico, canudos de papel exigem mais água e recursos em sua produção, o que pode anular os benefícios ambientais.

O FUTURO DAS EMBALAGENS FLEXÍVEIS

A sustentabilidade continua sendo um fator-chave para a competitividade no setor de embalagens. Embora a decisão de Trump possa alterar temporariamente a dinâmica do mercado americano, a pressão de consumidores, investidores e reguladores em outras partes do mundo deve manter o impulso para soluções mais ecológicas.

Empresas que investirem em inovação e adaptação a normas ambientais mais rigorosas estarão melhor posicionadas para o futuro. A evolução das embalagens flexíveis seguirá seu curso, impulsionada por novas tecnologias, economia circular e um crescente compromisso global com a sustentabilidade.

E você, como enxerga o impacto dessas mudanças no mercado de embalagens? Deixe seu comentário e vamos debater o futuro da sustentabilidade na indústria!

Autor
Colunista Vanessa Pereira

Profissional de Embalagens Flexíveis, Soluções Sustentáveis e Redução de Custos com 15 anos de experiência no desenvolvimento de negócios e inovação no setor de embalagens e bens de consumo.